Oi pessoal! Eu sou o Igor, e hoje eu vou te contar sobre uma brincadeirinha super saudável e nada perigosa que eu e meu irmão, o Caio, brincávamos quando éramos crianças (sentiu a ironia né?): O CLUBE DA LUTA!!!
Uma brincadeira que rendia alguns arranhões, mas que marcou minha infância (e o meu corpo com certeza):
Como todo conflito ou embate, a luta começava com um desafio, desafio esse que normalmente eu fazia, hoje em dia chamado de: "cinco minutinhos sem perder a amizade". Tudo começava sutilmente, com a famosa frase:
-Caio, BORA BRINCAR DE LUTINHA???
Eu mau acabava de falar, que o Caio arregalava os olhos, fazia um sorriso largo, e dizia:
-"Vambora"!
Foi dada a largada! Nós dois corríamos pro baú de brinquedos e pegávamos o nosso "traje de luta". O meu compunha um peitoral de cavaleiro feito de plástico, um capacete, uma capa mega estilosa tremulando ao vento (ou um lençol, como você quiser chamar), e uns retalhos que eu enrolava nos punhos, tipo aqueles lutadores de MMA ou como o Bruce Lee.
Já o Caio optava por uma faixa na cabeça, estilo Daniel San, luvas de boxe, uma camisa de super herói, e um travesseiro colado na barriga com fita durex!
Cada um dizia seu nome de lutador em voz alta (um mais maneiro que o outro, por sinal):
-Eu sou o Mega Soco!!!- eu gritava com uma cara intimidadora!
E o Caio retrucava:
-Pois então eu sou o Caio Raio- com aquela cara de doido que só ele sabe fazer!
Depois disso valia tudo! Um pulava e arriscava uma voadora, o outro tentava um socão, também tinha golpes improvisados de caratê e tudo mais; almofadas voavam pela janela do quarto, chinelos e sapatos eram projéteis perfeitos! Mas acho que quem saía prejudicado disso era o ar, que apanhava mais do que nós dois. Nem eu nem o Caio acertávamos um golpe, mas pelo menos agente lutava com estilo, nos saudávamos antes da luta e tudo!
Mas com certeza eu não quero nem lembrar do dia que o meu pai decidiu, literalmente, entrar na briga: ele tinha acabado de voltar do trabalho, e viu agente naquele embate ÉPICO no nosso quarto, e até invadindo a sala. foi aí que ele entrou no quarto dele, vestiu um boné, caneleiras de futebol e uma blusa de frio. Ele correu pra sala como se não houvesse amanhã, se agachou pra dar impulso e deu um salto olímpico pra cima de nós dois, e gritou: Chegou a vez do Papai Dinamite (você adivinha o que aconteceu depois)!
E isso porque ele sempre dizia:
-Se algum de vocês se machucar, eu não vou levar pro hospital!
Mas mesmo terminando em pilhas de band-aid, água oxigenada e sermões da nossa mãe, esse dia com certeza entrou na lista dos mais incomuns e divertidos de todos da família Monteiro.
E atenção: NÃO TENTE ISSO EM CASA (nem fora de casa, tá)! Não seja IMBECIL que nem eu e o meu irmão.
Obs: Ficamos uma semana de castigo por isso, e lavar a louça durante uma semana é chato pra dedéu!
FIM!
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